segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Da minha insignificância

Não sei pra onde correr, é essa a premissa que rege minha vida. Não sei de onde vim, pra onde vou e pra que estou aqui.
Temo não poder ser muita coisa, ou por incompetência ou por falta de oportunidades. Viver me parece difícil e cansativo.
Minha vida é uma corrida atrás de meu ideal, que por mais que insista, sei que é quase inalcançável. De onde olho parece estar tão longe.

Ouço, vejo, sinto. Interpreto o mundo com meus sentidos, mas serão eles confiáveis? Acho o que vejo tão pouco, ouço mal em vista da extensão de meus olhos
Com eles apontados para o alto eu me perco, há tanto pra ver. O céu estrelado me fascina, penso em todos os planetas e no grande egoísmo que me envolvo em pensar ser o único, ó pobre ser humano, o que é você perto da imensidão do universo?

Mal conheço a mim mesmo, mal entendo minhas emoções. Muito menos sei o que habita meu corpo, isso que há de extra sensível, que me conecta perante os outros, se é que algo o habita.

Sobre o fim de minha existência sei menos ainda.


Penso em Cristo... o mito me parece muito fascinante e fantástico, digno de uma fábula. Mas penso nas probabilidades, de todas as vezes que a sorte esteve ao meu lado mesmo quando poderia jurar que o pior aconteceria, fui salvo, por um triz.

Quem rodou a roda do destino ao meu favor?

Agradecido sou, mesmo sem saber direito a quem, que seja ao acaso, que seja!

Penso em tudo e no nada, penso e repenso e chego a mesma conclusão daquele velho sábio

"só sei que nada sei"




*aos queridos amigos do belo céu estrelado, velhos amigos, como o tempo passa!